Junta de Freguesia de Longos Vales Junta de Freguesia de Longos Vales

Caracterização

Freguesia de Longos Vales

A freguesia de Longos Vales, situada na margem esquerda do rio Minho, dista seis quilómetros da sede do concelho.

Compreende os seguintes lugares: Barradinho, Bouça, Carcavelos, Carvalhas, Casal, Castelo, Canles, Cavenca, Cesto, Corgo, Costa, Coutada, Couto, Cato, Doude, Guimil, Lavandeira, Mosteiro, Moulões, Nogueira, Outeiro, Paradela de Baixo e Paradela de Cima, Pereiras, Pocinha, Poldras, Porqueira, Real, Reguengo de Baixo e Reguengo de Cima, Samarão, Santa Tecla, Santo Amaro, S. Paio, Serzedo, Silvas, Souto Fiscal, Valverde, Várzea, Veiga, Velhas, Vidal e Vinhal.

A antiga freguesia de S. João Baptista de Longos Vales era vigairaria da apresentação do colégio da Companhia de Jesus, em Coimbra, e depois da Universidade, no termo de Monção. Passou mais tarde a reitoria. Segundo Pinho Leal, o padroado apresentava o vigário, que tinha cem mil réis de rendimento. Dentro dos seus limites existem duas citânias: uma no antigo lugar da Cividade, em frente à antiga estrada romana Valadares-Arcos-Braga, e a outra no monte de S. Caetano.

O seu nome, que também foi Longovares - poderá derivar de este ser um território de veigas e longos vales férteis. No reinado de D. Afonso III pertencia ao julgado da Penha da Rainha e couto do mosteiro de Longos Vales. No século XVI tinha já a actual circunscrição territorial. Aqui houve, de facto, um mosteiro de frades crúzios, fundado, segundo a tradição, por D. Afonso Henriques, em 1140, que lhe concedeu muitas rendas e privilégios, que os seus sucessores aumentaram. D. Sancho I (estando na cidade do Porto) coutou o mosteiro em 1197.

Na carta de encoutamento diz que "lhe fez esta mercê pelo assinalado serviço que o prior D. Pedro Pires lhe fez em fundar à sua custa a torre e fortaleza da vila de Melgaço". Com o tempo passou o cenóbio para o poder de comendatários, sendo o último D. Duarte, filho bastardo de D. João III, que morreu com 22 anos, em 11 de Novembro de 1542. O cardeal D. Henrique (depois rei) fez com que este mosteiro, dependências e rendas fossem dados ao Jesuítas, por bula do papa Júlio III, em 1551. A igreja, com o seu corpo reformado no século XVII, conserva a primitiva capela-mor românica, uma das mais personalizadas construções deste estilo em Portugal. É uma arquitectura potente, de fortes arcadas e grossas colunas, adossadas, enriquecida por variada e volumosa decoração tanto interna como externamente. Nos seus capitéis e na cachorrada, cheios de escultura, dominam os temas humanos e animalescos, como o do sagitário, o de bichas-mouras, o da cabeça de touro ou de animais lutando. Sobre um colunelo do arco-cruzeiro está esculpida a imagem de S. Pedro com a chave dependurada sobre o peito.


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